22 de Outubro de 1922

...mas eu corri pela fronteira e uma forte neblina estava encobrindo o que havia do outro lado da ponte. Quanto mais me aproximava mais o medo crescia, mas o que me perseguia era mais perigoso então segui em frente, acelerando a corrida o tanto quanto pude, até que entrei na neblina.Era espessa e gélida, não era possível enxergar nada, e puxei da memória o mapa que eu vira no livro, antes de deixar a cabana.
Segui pela direita e ouvi rugidos distantes, lá de trás veio um grito de desespero agudo, o coração acelerou, parei diante de uma porta fechada com um cadeado, saquei a faca da bainha de couro e forcei a abertura. Não sei se o cadeado estava enferrujado, ou se no calor do momento o corpo reagiu ao medo, mas foi fácil abrir o cadeado e entrei numa espécie de armazém. Não conseguia enxergar nada bem, mas queria trancar a porta de alguma forma...

página do diário

Profecia

"O primeiro morto se levantará, viajará pelo mundo e despertará o irmão. Como o sangue que clamou da terra, o desespero clamará. A espada lhe será entregue, um sacrifício, um peso. A balança não se fará justa, mas o que se espera no fim dos tempos?"

- Você continua repetindo isso pra si, mesmo depois de séculos. É só um texto Brian... algum garoto de treze anos deve ter escrito isso para assustar seus colegas.
- Jhon, Jhon... você sempre foi tão incrédulo.... Se pudesse ver... Um rélis toque, um pouco de concentração e todos os segredos são revelados...